
O calor do processo de soldagem e posterior resfriamento faz
com que aconteça a alteração na área circundante da solda. A extensão e
magnitude da mudança de propriedade depende principalmente do material de base,
o metal de enchimento de solda, e a quantidade e concentração de entrada de
calor pelo processo de soldagem.
Cordão de solda com uma ZTA
A difusividade térmica do material de base, desempenha um
grande papel, se a difusividade é alta, o material possui uma alta taxa de
resfriamento e uma pequena zona termicamente afetada. Uma difusividade baixa
possui uma taxa de resfriamento mais lenta tendo assim uma ZTA maior.
A quantidade de calor introduzido pelo processo de soldagem
desempenha um papel importante também, como processos de Soldagem
oxicombustível que possui calor inicial muito alto fazendo a
ZTA aumentar de
tamanho.
Processos como solda a laser e soldagem por feixe de
elétrons dão uma quantidade muito concentrada e limitada de calor, resultando
em uma pequena ZTA. Soldagem a arco está entre esses dois extremos, com a
processos individuais que variam na entrada de calor. Para calcular o aporte de
calor para os procedimentos de soldagem, a seguinte fórmula é usada
Onde Q = calor inicial (kJ/mm), V = voltagem (V), I =
corrente (A), e S = velocidade (mm/min).
A eficiência depende do processo utilizado, o Soldagem com
eletrodo revestido possui um valor de 0,75, MIG/MAG e Arco Submerso possui 0,9,
e TIG 0,8.
Efeitos
Essa região pode se tornar um elo fraco em uma junta soldada
que normalmente seria resistente. As causas são varias como a estrutura
granular da ZTA não é tão refinada e, portanto, é mais fraca que o metal de
base circunvizinho ou do metal de solda com estrutura bruta de fusão. Outro
caso que se a ZTA resfriar rapidamente em determinados aços, forma-se uma
estrutura cristalina frágil e dura conhecida como martensita.
Os poros relativamente grandes da zona termicamente afetada
são sítios naturais de captura do hidrogênio atômico. Quando dois átomos de
hidrogênio se encontram há uma união imediata entre eles para formar o
hidrogênio molecular (H2, estado gasoso).
As moléculas de hidrogênio resultantes são maiores que a
estrutura cristalina do metal e podem ficar impedidas de migrarem livremente. À
medida que mais e mais átomos de hidrogênio migram até os poros e formam
moléculas que permanecem aprisionadas, podem se desenvolver enormes pressões
internas.
Os aços carbono e os de mais baixa resistência possuem
elasticidade suficiente para acomodar as tensões internas resultantes da
pressão do hidrogênio de forma que não causem trincas no aço. Por outro lado,
aços que possuam alta dureza e alta resistência não apresentam elasticidade
suficiente para acomodar a pressão, e se houver muito hidrogênio pode ocorrer
fissuração.
Características da Zona Afetada Termicamente
Características da ZTA dependem fundamentalmente do tipo de
metal de base e do processo e procedimento de soldagem, isto é, do ciclo
térmico e da repartição térmica. De acordo com o tipo de metal que esta sendo
soldado, os efeitos do ciclo térmico poderão ser os mais variados. No caso de
metais não transformáveis (por exemplo, alumínio), a mudança estrutural mais
marcante será o crescimento de grãos ou o recozimento no caso das ligas
endurecidas por encruamento. Em metais transformáveis, a ZTA será mais
complexa. No caso de aços carbono e aços baixa-liga, as regiões características
são apresentadas a seguir.
Fonte de referência: https://pt.wikipedia.org/wiki/Zona_termicamente_afetada
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