
O ensaio de caixa de vácuo tem sido largamente empregado em testes
de componentes pressurizados ou despressurizados onde existe o risco de escape
ou penetração de produtos, comprometendo o sistema de contenção, assumindo
desta maneira, uma importância muito grande quando se trata da proteção ao meio
ambiente, onde a flora e fauna e ainda pessoas ou populações podem ser
atingidas seriamente.
Detecção de vazamentos durante o teste hidrostático
Na realidade o teste hidrostático em tanques de
armazenamento é um teste estrutural, Possíveis vazamentos no costado serão detectados
visualmente, porém nas soldas de união do fundo um dos Ensaios não Destrutivos
mais utilizados é o teste de Estanqueidade, utilizando se uma Caixa de Vácuo.
Ensaio de Formação de Bolhas com Pressão Negativa
Esta prática fixa as condições mínimas para o ensaio de
estanqueidade por meio de formação de bolhas, sendo aplicada na detecção de
defeitos passantes em juntas soldadas.
Nota: A função única dos ensaios de estanqueidade é a
detecção de eventuais
vazamentos. Não visando a análise da resistência mecânica,
deformação e recalques estruturais, como os testes hidrostáticos e/ou
pneumáticos, muito embora estes visem também a detecção de vazamentos.
As condições gerais devem ser conforme a norma ASME V artigo
10.
Preparação e Limpeza da Superfície conforme norma ASME
Sec.V, Artigo 6, item T-641.
Realizar ensaio visual antes do ensaio de estanqueidade.
Os materiais utilizados devem ser total e adequadamente
removidos após o ensaio.
As áreas a serem ensaiadas, no mínimo 25mm de cada margem da
solda, devem estar limpas e isentas de óleo, graxa, pintura, argamassa ou
outros componentes, que possam mascarar eventuais vazamentos.
A temperatura da peça a ser ensaiada deve estar entre 16º e
50ºC.
A caixa de vácuo deve ter dimensões adequadas e a junta de
vedação das extremidades do fundo aberto da caixa deve proporcionar uma vedação
adequada para possibilitar a formação do vácuo parcial durante o ensaio.
Os manômetros devem estar de acordo com os seguintes
requisitos:
a) Utilizar, no mínimo, 1 (um) manômetro.
b) O valor máximo de escala deve estar sempre entre 1,5 a 4
vezes a pressão de ensaio, de preferência
ter o dobro da pressão de ensaio;
c) A menor divisão da escala não deve exceder a 5% da
indicação máxima da escala;
d) O manômetro deve estar aferido antes do início dos
serviços.
Os materiais a serem empregados devem estar de acordo com os
seguintes requisitos:
a) A solução formadora de espuma não deve conter quantidade
excessiva de bolhas, de forma a minimizar a dificuldade de interpretação e
distinção entre estas e as bolhas causadas por eventuais vazamentos.
b) A solução deve proporcionar um filme uniforme e as bolhas
formadas não devem explodir rapidamente devido à secagem pelo ar ou baixa
tensão superficial.
c) Na impossibilidade do uso de soluções comerciais
apropriadas pode ser usada uma de líquido detergente ou sabão líquido,
glicerina e água, na proporção de 1 x 1 x 4,5 de cada componente em volume.
d) A solução deve ser preparada com antecedência, para que
haja a dispersão das bolhas e da espuma, antes do uso.
e) A solução formadora de bolhas deve ser aplicada por meio
de pincel, garrafa pulverizada, almotolia ou bisnaga plástica, devendo a cada
camada da solução ser uniforme, fina, sem quantidade excessiva de bolhas e
cobrir integralmente a região sob ensaio.
f) A pressão do ensaio de vácuo deve ser a definida pelo
projeto, caso contrário aplicar 0,95 kgf/cm² ou 13,5 psi.
g) A permanência do vácuo, durante o ensaio, deve ser no
mínimo de 10 (dez) segundos.
h) Durante os avanços da caixa de vácuo, para a execução do
ensaio na faixa da solda, deve ser observada uma sobreposição mínima de 200mm.
i) O ensaio deve ser realizado sob claridade suficiente, de
modo que possam ser observados possíveis defeitos.
j) Uma vez detectado qualquer tipo de defeito, o inspetor
deve indicar (usar marcador industrial) a região ser reparada.
k) Após o reparo, deve-se fazer o ensaio na região, até a
aprovação final
Os resultados do ensaio devem ser registrados por meio de um
sistema de identificação
e rastreabilidade que permita correlacionar o local ensaiado
com o relatório e vice-versa.
O relatório deve conter:
a) nome do emitente;
b) identificação numérica;
c) identificação da peça ou equipamento;
d) número e revisão do procedimento;
e) registro dos resultados;
f) normas e/ou valores de referência para interpretação dos
resultados;
g) laudo indicando aceitação, rejeição ou recomendação de
ensaio complementar;
h) data;
i) identificação e assinatura do inspetor responsável.
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