Embora não exatamente na origem, outra forma menos
generativa e sim quantitativa é medir a queda de pressão dentro da peça:
injetando ar e medindo através de transdutores de pressão eletrônicos ou
mecânicos a variação (queda) da pressão após confinar o ar dentro da peça.
Quando utilizam-se sensores eletrônicos, pode-se utilizar o método de “Queda de
pressão” (Pressure Decay) e o método “Diferencial”, sendo o primeiro mais
barato porém menos preciso.
Métodos mais avançados consistem em medir a vazão direta do ar (ou outro gás), de forma a dimensionar precisamente o furo, trinca ou porosidade que a peça possui. Estes métodos utilizam medidores de vazão mássica ou volumétrica.
Com exceção do teste de imersão na água ou espuma de sabão,
os métodos eletrônicos conhecidos apenas detectam se está ocorrendo ou não
algum vazamento, não identificando a origem porém eventualmente e dependendo do
aparelho, o tipo de gás misturado no ambiente.
Alguns exemplos destes dispositivos (cheiradores) são os
detectores de Hélio, GLP, gás refrigerante (R-410A, R-2, R-12, R-22, R134A)
entre outros.
Os sistemas que operam com gás GLP (Gas Liquefeito de
Petróleo) e GN (Gás Natural deve passar por TESTES DE PRESSÃO para verificação
de vazamentos na época de sua instalação e posteriormente nos períodos de
manutenção que são definidos por um profissional habilitado e/ou órgãos
competentes (Corpo de Bombeiros).
As inspeções periódicas verificam a condição na qual as
redes foram instaladas, o material que foi utilizado, o tempo da instalação e a
última manutenção.
Quem pode realizar os
Testes de Estanqueidade?
Os Testes de Estanqueidade devem ser realizados somente por
empresas especializadas e de comprovada experiência, que possuam em seu quadro
de colaboradores, profissionais habilitados, qualificados tecnicamente e
devidamente treinados nas normas de segurança e boas práticas de engenharia, a
empresa e seu profissional responsável técnico deve possuir registro ou visto
ativo no CREA de sua jurisdição e estar em dia com sua anuidade. Conforme
determina a Lei 5.194/1966 – “Art. 63 – Os profissionais e pessoas jurídicas
registradas de conformidade com o que preceitua a presente lei são obrigados ao
pagamento de uma anuidade ao Conselho Regional cuja jurisdição pertencerem”. A
empresa deve possuir Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica – CNPJ, cujo Objeto
Social e CNAE – Código Nacional de Atividade Econômica, seja compatível com a
atividade de Testes de Pressão, Análises Técnicas e Inspeções. Sempre exigir a
emissão da ART – Anotação de Responsabilidade Técnica, antes do início dos
trabalhos.
O que é Anotação de
Responsabilidade Técnica (ART)?
A ART é um instrumento legal, necessário à fiscalização das
atividades técnico-profissionais, nos diversos empreendimentos sociais.
De acordo com o Artigo 3º da Resolução nº 1025/2009, do
Confea, “Todo contrato, escrito ou verbal, para a execução de obras ou
prestação de quaisquer serviços referentes à Engenharia, Arquitetura e
Agronomia fica sujeito a “Anotação de Responsabilidade Técnica (ART)”, no
Conselho Regional em cuja jurisdição for exercida a respectiva atividade”.
Instituída também pela Lei Federal nº 6496/1977, a ART
caracteriza legalmente os direitos e obrigações entre profissionais e usuários
de seus serviços técnicos, além de determinar a responsabilidade profissional
por eventuais defeitos ou erros técnicos.
A ART é importante pois garante os direitos autorais,
comprova a existência de um contrato, até mesmo nos casos em que tenha sido
realizado de forma verbal e garante o direito à remuneração na medida em que se
torna um comprovante da prestação de um serviço.
É na ART que se define os limites da responsabilidade, ou
seja, o profissional responde apenas pelas atividades técnicas que executou.
Todos os serviços registrados no CREA sob a forma de ART
irão compor o ACERVO TÉCNICO do profissional, que serve ainda como documento
comprobatório, para efeito de aposentadoria especial.
As principais normas que definem os procedimentos de ART
são: Lei Federal nº 6496/1977 e 12.514/2011 e Resoluções 1025/2009 e 1.043/2012.
Qual o Objetivo do
Teste de Estanqueidade?
Os testes têm como objetivo detectar as condições de
estanqueidade das redes de Gás LP, GN entre outras, esse serviço segue as
Normas ABNT e instruções técnicas do Corpo de Bombeiros.
Existem Normas
referenciadas para Testes de Estanqueidade?
No âmbito das Normas de redes internas de gases
combustíveis, a realização dos Testes de Estanqueidade se ocupa em definir
requisitos e critérios para realização da inspeção da rede, particularmente
quanto à sua estanqueidade; bem como para a admissão do gás combustível. Esses
procedimentos são tratados através de cinco tópicos distintos, a saber:
• Ensaio de estanqueidade.
• Comissionamento;
• De-comissionamento;
• Purga do ar com injeção de gás inerte;
• Admissão de gás combustível na rede.
Qual a validade do
Teste de Estanqueidade?
Este teste deve ser realizado periodicamente a cada 12
meses.
“Teste de Estanqueidade exigido pelo Corpo de Bombeiros é
fundamental para a sua segurança.”
Vantagens de se fazer
o Teste de Estanqueidade:
Atendimento a requisitos legais;
Obtenção de relatório de inspeção e conformidade técnica;
Laudo de estanqueidade;
Anotação de responsabilidade técnica (ART);
Comprovação da estanqueidade do sistema de gases
combustíveis;
Prevenção de vazamento de gases combustíveis;
Minimizar riscos de incêndio e explosões;
Ferramenta de comprovação de conformidade em auditorias
ambientais internas e externas (ISO 14001) e de saúde e segurança ocupacional
(OHSAS 18001);
AVCB, licenças e alvarás de funcionamentos;
Redução de custo nas apólices de seguro;
Evidência técnica e legal de que a empresa está comprometida
com a segurança, qualidade e meio ambiente.
Cuidados ao Contratar
uma Empresa para Realização de Teste de Estanqueidade:
Tenha a mesma cautela, pesquise o nome dos sócios, veja se
há ações criminais ou civis contra eles;
Peça à empresa as Certidões dos Distribuidores de Processos
Cíveis, Criminais e Trabalhistas, tanto da pessoa jurídica como dos sócios ou
proprietários das empresas de prestação de serviços;
Peça uma lista de Clientes e, se possível, visite alguns;
Conheça a empresa pessoalmente antes de contratá-la;
Desconfie de honorários e valores muito baixos;
Verifique com quais bancos a empresa trabalha e quem são os
seus sócios;
Dê preferência a empresas que têm sede própria e que estejam
no mercado a pelo menos cinco (05) anos;
Solicite a emissão da ART, antes do inicio dos trabalhos;
Verifique se a empresa prestadora dos serviços é inscrita no
Conselho Regional de Engenharia e Agronomia – CREA;
Caso haja problema, recorra ao Conselho Regional de
Engenharia e Agronomia – CREA., caso o profissional ou a empresa sejam lá
registrados;
Órgãos de defesa do consumidor também podem ajudar. Confira
o site do PROCON-SP;
Sempre elabore um Contrato de Prestação de Serviços;
Vincular a forma de pagamento à realização do serviço; se o
serviço for pequeno, estipular o
pagamento após a entrega e sem sinal;
Estipular quantos e quais funcionários da empresa contratada
serão alocados para sua realização prazo de conclusão e multa por dia de
atraso;
Especificar o preço para cada produto fornecido e
mão-de-obra;
Em alguns casos, principalmente no das obras de grande
vulto, é importante ter um orçamento em anexo;
Conformidade com o
projeto:
Acabamento externo quanto a respingos de soldas provisórias,
escorias de eletrodos e outros defeitos;
Os locais de ancoragem e guias, das linhas de aquecimento
soldadas à linha principal;
As soldas dos suportes, para verificar a ausência de
defeitos na linha principal;
O sistema de tubulação deve ser inspecionado quanto à
execução da limpeza;
Deve ser verificado se todas as juntas de vedação
provisórias foram substituídas pelas definitivas especificadas pelo projeto.
Preliminares do Teste
de Pressão
Antes de se iniciar o teste de pressão de qualquer sistema
de tubulação, deve ser realizado um exame visual de todas as linhas que compõem
o sistema, observando-se, no mínimo, os seguintes pontos:
Antes da execução dos testes devem ser adotadas as
necessárias medidas de segurança, principalmente naqueles lugares em que por
sua localização, represente em caso de falha, perigo para o pessoal ou para as
instalações adjacentes;
Antes do teste devem ser removidos os seguintes equipamentos
e acessórios: purgadores, separadores de linha, instrumentos, controladores
pneumáticos, e todos os dispositivos que causem restrição ao fluxo. Os discos
de ruptura, válvulas de segurança, e de alivio devem ser isoladas do sistema.
Todas as partes retiradas devem ser substituídas por peças provisórias onde
necessárias;
Nos limites de teste, o fluido de teste deve ser bloqueado
através de flange cego, raquete, tampão, chapa de bloqueio ou bujão;
As ligações existentes nos limites do sistema, bem como
aquelas situadas na entrada de equipamentos, devem ser verificadas durante a
pré-operação;
Todas as válvulas devem estar sujeitas ao teste de pressão,
inclusive a de bloqueio situadas nos limites do sistema, devem ser raqueteadas
no flange a jusante dos itens;
No teste de pressão é verificada a ligação da válvula com a
linha, o corpo e o engaxetamento. Válvulas de controle não devem estar
incluídas no sistema de teste de pressão;
As válvulas de retenção devem ser pressurizadas no sentido
da abertura; se isto não for possível, deve-se travar a parte móvel na posição
aberta; Todas as outras válvulas devem ser mantidas na posição aberta;
Todas as partes estruturais (suporte, pendurais, guias,
batentes e ancoras) devem ser ligadas ao sistema de tubulação antes do teste de
pressão;
Deve-se fazer uma inspeção de todo o sistema de suportes das
tubulações para se avaliar previamente o seu comportamento quando da aplicação
do fluido de teste, por ser freqüentemente mais pesado que o fluido circulante;
Devem ser instalados, no mínimo, 02 manômetros sendo um no
ponto mais alto, e o outro no ponto de menor elevação do sistema;
Devem ser usados manômetros adequados à pressão de teste de
tal forma que a leitura esteja entre 1/3 e 2/3 da escala que as divisões sejam
no máximo de 5% da pressão de teste, com mostrador de diâmetro mínimo igual a
75 mm. Os manômetros devem estar em perfeitas condições, testados e aferidos a
cada 03 meses;
Em tubulações novas todas as juntas devem ser deixadas
expostas, sem isolamento, revestimento ou pintura, para exame durante o teste.
Fonte de referência: http://stdengenharia.com.br / wikipedia
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